quarta-feira, 18 de março de 2009

Changeling - A Troca


Sinopse:

Los Angeles, Março de 1928. Ao regressar a casa do trabalho como supervisora de uma secção de telefonistas, Christine Collins (Angelina Jolie) descobre que o seu filho de 9 anos, Walter (Gattlin Griffith), desapareceu. O pânico e a angústia são seguidos de incredulidade quando, passados cinco meses, a polícia de Los Angeles, famosa pela sua corrupção, lhe entrega um rapaz encontrado em DeKalb, Illinois, e que Christine afirma, de imediato, não se tratar do seu filho desaparecido.
Sob a insistência policial de que a criança poderá ter mudado no tempo que esteve fora, Christine acaba por levar a criança para casa em “período experimental”. Mas Christine volta à polícia, argumentando que esta criança é mais baixa que o seu filho e mais tarde comprovando com o ficheiro do dentista essa impossibilidade. Desesperado por evitar má publicidade que se tem vindo a acumular, liderada pelo activismo do Reverendo Gustav Briegleb (John Malkovich), determinado a expor a corrupção da força policial, o Capitão J.J. Jones (Jeffrey Donovan) tem ordens para abafar e fechar este caso o quanto antes, aproveitando o facto de Christine ser mãe solteira para a acusar de ser uma mãe negligente que não quer assumir a responsabilidade pelo filho. Impotente e revoltada, Christine expõe o seu caso à imprensa, acabando por ser internada num manicómio por decisão (e diagnóstico) policial.
Num contexto de galopante corrupção, numa sociedade onde as mulheres eram vistas como excessivamente emocionais e com tendência para a histeria, a verdade pode ser mais desconcertante que a ficção. Com efeito, “Changeling” é baseado nos crimes de Wineville Chicken Coop que tiveram lugar no final dos anos 20 e que resultaram na condenação à morte de Gordon Stewart Northcott, aqui interpretado por um perturbante e amoral Jason Butler Harner. O poder do argumento de J. Michael Straczynski reside no seu enfoque na acção mais do que na palavra. E sabendo à partida parte do desfecho do filme, o essencial é o caminho e Clint Eastwood gere o ritmo de “Changeling” na perfeição. É dado lugar a que todos os conflitos se materializem (Christine contra a polícia, o reverendo contra a polícia, o polícia bom contra o polícia mau) e se desenlacem.
À frente do elenco está uma forte Angelina Jolie (com tanta atenção dos media podemos ser levados a esquecer que sabe de facto representar): devastada e voluntariosa, forte e vulnerável, feroz e perseverante na procura da verdade. Nos secundários, e saltando por cima de Malkovich que não consegue errar o tom, Jeffrey Donovan é bastante competente como policia corrupto e autoritário, e o mesmo vale para o empenhado detective Lester Ybarra de Michael Kelly.


Realização: Clint Eastwood. Elenco: Angelina Jolie, John Malkovich, Jeffrey Donovan, Colm Feore, Jason Butler Harner, Amy Ryan, Michael Kelly, Gattlin Griffith. Nacionalidade: EUA, 2008.

domingo, 15 de março de 2009

CIDADANIA: Condição de exercício dos Direitos Humanos

Eduardo Carlos Bianca Bittar
Livre-Docente e Doutor, Professor Associado do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, é autor do livro “Ética, educação, cidadania e direitos humanos”, publicado pela Editora Manole.

O que é cidadania? Esta parece ser uma questão de fundamental importância para a construção do Estado Democrático Direito.
Decorrência da tradição moderna, a idéia de cidadania trouxe importantes aquisições para a experiência histórica das democracias, mas em parte não se anelou à realização de uma certa fatia das preocupações que hodiernamente incomodam as práticas políticas.
Num conceito mais político-jurídico tradicional, ser parte de um Estado soberano, cuja adesão lhe concede um certo status, bem como votar e poder ser votado, são as únicas condições para a definição de cidadania.

Assim, estariam em jogo duas dimensões: pertencer ou não a uma soberania e ser por ela reconhecido como parte de seus cidadãos, o que passa por critérios de aceitação definidos nas esferas político-diplomática e cívico-jurídica (ius soli, ius sanguini); estar no gozo dos direitos políticos, podendo votar (cidadania ativa) e ser votado (cidadania passiva) nos processos de participação política.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Práticas de Cidadania


MÁS PRÁTICAS DE CIDADANIA




A Polícia não respeita a lei?!





Alunos que não respeitam as regras em sala de aula





A agressão verbal e física (no trânsito, nas filas de supermercado, ...), muitas vezes gratuita




BOAS PRÁTICAS DE CIDADANIA




Moradora dá exemplo de cidadania plantando árvores





Os cidadãos procedem voluntariamente à limpeza do rio








Ajuda aos portadores de deficiência e aos idosos

Obrigações e deveres de cidadania

Os deveres de cidadania podem incluir itens como:
- pagar impostos
- votar
- servir nas forças armadasdo país, quando solicitado
- obedecer às leis promulgadas pelo governo, mesmo no estrangeiro.
- etc...

Inclui também questões éticas e morais, tais como:

- demonstrar compromisso e lealdade para com a comunidade política e para com o estado
- exercer a capacidade de crítica constutiva face às condições da vida política e cívica
- participar para melhorar a qualidade da vida política e cívica
- respeitar os direitos dos outros
- defender os próprios direitos e os direitos dos outros
- etc...

E vocês, já cumpriram os vossos deveres de cidadania hoje?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

60 anos da DUDH

No dia 10 de Dezembro de 2008 celebram-se os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, numa altura em que a Amnistia Internacional confessa tratarem-se de 60 anos de fracasso na defesa dos direitos humanos.
Injustiça, desigualdade e impunidade são as marcas do nosso mundo hoje. Os governos devem agir agora para acabar com a distância entre promessa e desempenho, disse Irene Khan, secretária-geral da organização, num comunicado à imprensa.
60 anos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos muitas pessoas ainda são torturadas ou mal tratadas em pelo menos 81 países, são submetidas a julgamentos injustos em pelo menos 54 países e não têm direito de se manifestar livremente em pelo menos 77, de acordo com o relatório das Nações Unidas.
Entretanto é divulgado um pequeno filme no sítio da Amnistia Internacional que ilustra os princípios consagrados na DUDH, que pode ser visto nolink abaixo:

APRENDER A VIVER JUNTOS NO MUNDO ACTUAL


Aprender a viver juntos é uma exigência das sociedades democráticas, cada vez mais multiétnicas e multiculturais, onde a liberdade individual implica o respeito pelo pluralismo de natureza económica, política, cultural ou religiosa (Unesco, 1996). O reconhecimento do património cultural e da identidade social e territorial, que formam o sentido de pertença a uma comunidade, deve ser equilibrado pela abertura intercultural gerada por vivências plurais e diversificadas. Esta ideia está no cerne desta disciplina no sentido de procurar que as diferenças sejam saudadas e aceites na sociedade em que vivemos.